Demandas e desafios do setor naval serão tema do Seminário “Solda, Brasil”
Para a execução do plano de negócios da Petrobras, estimado em US$ 224 bilhões, serão necessários 568 navios (a frota atual é de 280) em 2020, 94 plataformas de produção e 65 sondas capazes de operar a mais de dois mil metros de profundidade (no mundo, a frota atual é de 70). Segundo informações do próprio presidente da empresa, Sergio Gabrielli, já foram contratadas sete sondas e a empresa espera contratar outras 21 até o fim do ano. Isso significa que serão necessários mais estaleiros e a disputa pela mão de obra também vai crescer.
A pergunta dos investidopres hoje, segundo o presidente Gabrielli, não é se a indústria naval pode atender e, sim, qual a rapidez para atender a nossa demanda. “Hoje existe dificuldade de cumprir prazos na indústria naval brasileira. É claro que há uma curva de aprendizado (…). Mas o cavalo está passando celado. Tenho certeza que vocês virão” – disse Gabrielli, referindo-se aos empresários do setor, durante o 1º Fórum Nacional de Conteúdo Local, realizado no Rio.
Essa questão, os desafios e as necessidades que o setor naval vai enfrentar para atender à demanda nacional, especialmente na questão tecnológica e de mão de obra, que certamente envolve o setor de soldagem, vão estar no centro das discussões do 1º Seminário “Solda Brasil 2011 – Seminário Nacional de Tecnologia e Mercado de Soldagem”, que acontece nos próximos dias 30 e 31, no Centro Empresarial Rio, de 9h às 18hs.
Idealizado pela Planeja & Informa Comunicação e Marketing, com apoio de diversas entidades que atuam no segmento da soldagem, e da engenharia industrial, tais como ABEMI, ABCE, ABENDI, ABS, FBTS, ABECE, ABITAN, FNE, SINDNAVAL/AM e CREA-SP, o “Solda, Brasil 2011” vai discutir e mostrar experiências, processos, novas tecnologias e soluções que venham aprimorar os projetos das principais empresas brasileiras, públicas e privadas, especialmente na cadeia de petróleo e gás.
Amazonas – é a nova terra da oportunidade
O evento já tem confirmadas, além de outros partticipantes, a presença do secretário executivo do Sindicato da Indústria da Construção Naval (SINAVAL), Sérgio Leal, e do presidente do Sindnaval (Sindicato da Indústria e da Construção Naval) do Amazonas, Matheus de Oliveira Araújo, que vai fazer uma análise sobre o mercado da sua região, sob o ponto de vista da produção e da abertura de novos postos de trabalho.
Preocupado com a escassez de mão de obra, o Sindnaval está investindo em cursos para capacitar novos profissionais de soldagem na região, com vistas a preencher as inúmeras vagas que vem surgindo todos os meses nos 62 estaleiros da região. Já está sendo criada uma Cidade da Solda em Manaus, em convênio com o Senai. Três universidades particulares também estão oferecendo cursos para a comunidade.
“O local já está escolhido, e agora vamos começar as obras para a instalação da futura Cidade da Solda. A previsão é que, dentro de seis meses, esteja tudo pronto para que os cursos possam começar”, conta o presidente do Sindnaval / AM. A região, que é um grande pólo petrolífero nacional, vem atraindo a atenção cada vez maior da Petrobras e da HRT Oil & Gas, uma companhia brasileira que tem a concessão de 21 blocos na Amazônia e deu início a sua internacionalização, com a exploração de poços profundos na Namíbia, na África. A Petrobras tem por lá um projeto off shore maior do que em Macaé.
A mão-de-obra utilizada pelas empresas instaladas por lá, sobretudo estas últimas, tem gerado uma renda maior e melhor qualidade de vida para as famílias do Amazonas. “Se tivéssemos hoje mais 1.500 soldadores por aqui, estariam todos empregados”, diz Araújo. “São mais de 11 mil máquinas de solda nos estaleiros e indústrias do estado, e não temos a quantidade necessária para preencher estas vagas que, muitas vezes, são ocupadas por trabalhadores vindos de outros lugares do Brasil. A preocupação com a formação de mão-de-obra é muito grande e vamos investir nisso”, conta.
Já confirmaram presença no evento:
PALESTRA DE ABERTURA: Os Desafios do Pré-Sal
Antonio Carlos Capeleiro Pinto
Engº de Petróleo da Gerência de Concepção e Alinhamento de Projetos do E&P-PRESAL da Petrobras
Perspectivas da Engenharia Industrial no Brasil
Mercado e Capacitação da Empresa Nacional
Carlos Maurício Lima de Paula Barros – Diretor Presidente da ABEMI
Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia de Fornecedores de Bens e Serviços relacionados ao setor de Petróleo e Gás Natural
André Pompeu – Gerente do Departamento da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás do BNDES
Sistemas de Certificação da FBTS Aplicados no Setor Petróleo
José Alfredo Barbosa – Superintendente de Certificação da Qualidade e Desenvolvimento Tecnológico da FBTS
Eliminação do risco e aumento da eficiência de soldas em áreas classificadas
Marcelo Arese – Coordenador de Operações da Mills Estruturas e Serviços de Engenharia
Soluções e Tecnologias para o setor de Soldagem
Mário Cesar Freitas da Fronius
Capacidade de produção da indústria nacional para o setor de petróleo e gás – Gargalos e Produções
Adilson de Oliveira, Economista, Professor do Instituto de Economia / Colégio Brasileiro de Altos Estudos / UFRJ
Formação de mão de obra na área da soldagem
Marcelo Maciel Pereira – Superintendente do Depto de Curso e Gestão Tecnológica da FBTS
Cidade da solda
Lenart Nascimento, Gerente Setorial de Demandas de Mão de Obra da Gerência de Relacionamento Industrial da Petrobras / PROMINP
Formação Técnica e Mercado de trabalho
Maria Aparecida Carvalho Costa – Representante do Centro de Excelência SENAI SOLDA
Demandas e necessidades da indústria na Amazônia Brasileira
Matheus de Oliveira Araújo – Presidente do SINDNAVAL (Sind.da Indústria da Construção Naval de Manaus)
Perspectivas para indústria brasileira
Alberto Machado Netto – Diretor Executivo de Petroleo e Gás da ABIMAQ
Soluções tecnologias para construção soldada
Prof. Luiz Gimenes Júnior da FATEC-SP
Confira a programação completa do evento:
Dia 30
Dia 31
> Saiba como se inscrever.